A Reforma Trabalhista alterou a essência da advocacia trabalhista, obstando a práxis de apadrinhar litígios. Não se discute, sem embargo, a capacidade profissional de adequação da advocacia à nova conjunção.
Acrescendo ruído a lides que no passado recente revelavam ser de tranquila realização, a famigerada obrigatoriedade de liquidar as pretensões desde a apresentação da ação trabalhista, indiretamente, modificou o sistema que afeta o defendimento dos direitos dos trabalhadores.
Precedente à Reforma Trabalhista, os valores do Direito do Trabalho oportunizavam patrocinar reclamações. Na maioria das vezes, tendo o Jus Postulandi
, o obreiro não consegue utilizar o apoio das Defensorias Públicas.
Porque interligados à subsistência do obreiro e uma vez que caducam aceleradamente, os direitos dos trabalhadores têm urgência.
A dicção patrocinar
tem sublime significação no Direito Trabalhista, por estar intimamente associada à militância de conduzir a contenda à Jurisdição, apesar de não haver o adiantamento de honorários.
Em momentos pretéritos, o título primordial de uma reclamatória trabalhista se vinculava a quais seriam os direitos da parte requerente. Agora, a equilibrada mensuração daqueles citados direitos sinalizou-se capital.
A ordem legislativa modificou os modelos de operação da advocacia ao urdir o preceito que, na petição trabalhista, o pedido deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor
, sob pena de ser indeferido sem resolução do mérito
.
As transmutações tecidas com a Reforma Trabalhista solidificaram os Cálculos Trabalhistas como primordial dado da práxis profissional de todas as pessoas que atuam com direitos empregatícios e, de modo particular, dos procuradores trabalhistas.